30.12.08

Massacre em Gaza





No mais violento ataque de Israel aos palestinas ocorrido dos últimos anos, mais de cem bombas foram lançadas contra Gaza, buscando atingir os quartéis e prédios da resistência palestina, em especial o Hamas, e impôr o medo ao povo. Os ataques deixaram um saldo de pelo menos 380 mortos e mais de 700 feridos, conforme fontes médicas palestinas na faixa de Gaza, até o momento.
Cenas de absoluta destruição foram exibidas pelas TVs, assim como imagens de corpos espalhados pelas ruas e sob escombros. Segundo autoridades palestinas o número de mortos pode aumentar.
Mísseis e bombas destruíram pelo menos 30 prédios, a maioria deles ocupados por membros do grupo de resistência palestina: Hamas. Entre os alvos estariam campos de treinamento, instalações e prédios da polícia do Hamas. Muitos edifícios ficaram totalmente destruídos e a população civil é quem mais sofre com os ataques criminosos do Estado fundamentalista de Israel.
Em resposta, o Hamas lançou dezenas de foguetes Qassam [de fabricação caseira] contra o sul de Israel. Matando quatro israelenses e ferindo outros, até agora.
Esta foi a mais séria e destruidora ação ocorrida desde o fim da trégua de seis meses entre Israel e Hamas, no último dia 19, e a com maior número de mortos dos últimos anos.
Desde o fim da trégua, ao menos 200 foguetes lançados pelo Hamas conseguiram alcançar território israelense, sem deixar vítimas. Um erro do Hamas ainda causou a morte de duas meninas palestinas, que foram atingidas por estilhaços de um foguete que explodiu antes de ser lançado, em Gaza.
O Estado de Israel além de promover ataques terroristas e fazer o povo palestino, em especial na Faixa de Gaza, viver em constante medo, ainda fere leis internacionais, como a AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS, que seu maior aliado, EUA, diz tanto defender, mas também o fere o tempo todo.
Portanto, companheiros, é necessário perguntar: não aprenderam nada com o nazismo? Ou será que aprenderam tudo? Sabemos que a maior parte dos judeus não concorda com os massacres, e isso precisa ficar claro. Mas sabemos também que os judeus em todo o mundo não estão se mobilizando, exceto um ou outro grupo, em favor do direito dos palestinos de viverem...só isso, poderem viver em paz, escolher seu rumo, caminhar com suas próprias pernas. Isso é querer muito?
Relato de Mohamed Abdel Malik, de 17 anos, que deixou Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, há dois anos e meio e se mudou com a mãe e as três irmãs para Deir el-Balah, no centro da Faixa de Gaza:
"Eu estava no meio de uma prova quando caiu uma bomba, no primeiro dia. Todos os garotos estavam fazendo a prova e começou um bombardeio perto da escola. Todo mundo correu para casa", disse o estudante, que cursa o equivalente ao segundo ano do ensino médio.
"Todas as escolas estão fechadas, as lojas, está tudo fechado." Segundo Mohamed, a situação no território é caótica. "Os hospitais estão lotados. Há gente dormindo no chão, pessoas sendo atendidas na rua", disse. "Você vê pedaços de carne humana nas ruas." O estudante disse que outro problema é a falta de luz. "Só há eletricidade por quatro ou seis horas, no resto do dia fica tudo escuro. Agora, enquanto falo com você, estou no meio da rua, na escuridão."

Toda nossa solidariedade ao povo e à resistência palestina! Pela Autodeterminação dos povos!
Abaixo ao terrorismo de Estado! Abaixo ao fundamentalismo religioso!
Viva a luta dos povos que querem ser livres!

Saudações socialistas!

Ass.: Bernardo Nazareth
MRS-RJ.

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