18.12.08

Manifestantes ocupam sede da Petrobrás e exigem cancelamento da 10ª rodada de leilões





Manifestantes ocupam sede da Petrobrás e exigem cancelamento da 10ª rodada de leilões

Mais de 500 pessoas acabam de ocupar a sede administrativa da Petrobrás, na Avenida Chile, Centro do Rio, nessa manhã de quarta, 17 de dezembro. Os manifestantes exigem o cancelamento dos leilões, em especial, a 10ª Rodada de Licitações do Petróleo e Gás brasileiros, que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) convocou para os dias 18 e 19 desse mês. A mudança da legislação que regula o setor de petróleo e gás, permitindo a privatização desses recursos minerais, é outra reivindicação da ocupação.

A coordenação da atividade solicita a realização de uma reunião com o presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli, para que possam debater o cancelamento do leilão marcado para começar amanhã. Fazem parte do movimento o MST, o Sindipetro-RJ, a FNP, a Intersindical, a Conlutas, a Frente de Oposição de Esquerda da UNE e a FUP.

Serão ofertados na 10ª rodada 130 blocos exploratórios em terra, dividido em oito setores, de sete bacias sedimentares: Sergipe-Alagoas; Amazonas; Paraná; Potiguar; Parecis; Recôncavo e São Francisco. No total serão oferecidos aproximadamente 70 mil quilômetros quadrados em áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural. Atualmente, o Brasil é o país que dispõe da maior área sedimentar com potencial para petróleo e/ou gás ainda por explorar no mundo, segundo a própria ANP.

Os sindicatos de petroleiros também estão ingressando na Justiça com Ações Civis Públicas, cobrando a suspensão da 10ª Rodada de Licitações da ANP. Além das manifestações, está correndo um abaixo-assinado exigindo o fim dos leilões e a recuperação da Petrobrás 100% estatal.

Ainda hoje, dia 17, está programado um outro ato público para exigir o cancelamento dos leilões, reivindicando a necessidade de uma nova legislação para regular o setor petróleo, a re-estatização da Petrobrás com gestão pública e controle social. O ato político cultural, que contará com música, falações, teatro e poesia, começa às 17 horas, na Candelária, centro do Rio. Na seqüência, os manifestantes fazem uma vigília até o dia seguinte na frente da Agência Nacional do Petróleo, a instituição governamental responsável pela execução dos leilões.

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